sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Hipnose televisiva

Agora entendo (mais uma ensinamento da vida) como alguns pais abandonam seus filhos em frente a tv sem nenhuma culpa ou restrição: porque algumas pessoas (mesmo depois de bem crescidinhas) ficam simplesmente desnorteadas na ausência deste aparelho.
É como se fosse a única alternativa de distração, zapear os canais em busca de alguma coisa que entretenha.

Tudo bem que eu seja meio contra o abuso de tv, ligo o aparelho apenas quando tem alguma coisa que me interessa, como o globo repórter de hoje por exemplo, mas tem gente que não consegue; chega em casa - liga a tv, desliga a tv da sala e liga a do quarto, vai dormir - usa o timer, enfim...

Sem mais críticas, só para finalizar, fiz rapidamente uma lista de cinco coisas que se pode fazer em casa, em um dia de chuva, sem ser colar o olha na telinha, a saber:

1. Cozinhar: seguir uma receita de bolo, de pizza, de bebida, sempre tem aquela receita que queremos testar.

2. Botar a casa em ordem. Eu não sei vocês, mas eu adoro organizar as minhas coisas, seja armário, bolsas, sapatos, maesa de trabalho, etc... sempre tem alguma coisa em casa que está precisando de um jeitinho.

3. Organizar arquivos. Seja em papel seja no computador, sempre é hora para botar em ordem aquelas fotos que você salvou na pasta "diversos" e nunca mais olhou.

4. Ligar para um amigo/parente. Fulano tava de aniversário, fulana passou no concurso e cicrana teve bebe, seja qual for a desculpa, sempre tem alguém tri a fim de um bom papo.

5. Navegar na internet. Pesquisar sobre aquele assunto que você ouviu falar e não sabe bem o que é, visitar aquele blog que tem sempre novidades, olhar fotos de lugares que você quer conhecer - quem sabe planejar uma viagem? - a internet tem muito lixo, mas se soubermos procurar também tem um imenso tesouro.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Loucura mensal

Agora entendo perfeitamente que os seres humanos são feitos parte de carne parte de química pura. Aquela idéia de partículas químicas, de elétron voando incessantemente ao redor do núcleo, está fazendo sentido: entra mês, sai mês e aquele período chamado TPM nos transforma em outra pessoa.

Estou entrando no período crítico, e acho que é meu dever avisar as pessoas do risco que elas estão correndo. Aquela história de atenuante criminal nunca fez tanto sentido - especialmente nesse período tenho feito o maior esforço para me manter longe de brigas e discussões, tenho medo de acabar agarrada no pescoço de um.

Propaganda de ração de cachorro, musica lenta e tarde chuvosa podem desencadear um temporal de emoções, que vão das lágrimas discretas ao choro convulsivo. Enquanto escrevo este post tem alguma coisa me incomodando muito, não sei se é a bermuda apertada, a cadeira dura ou a claridade que vem da janela: a chatice também é um dos efeitos colaterais!

E a síndrome da gordura? Estava demorando... passei todo o mês comendo de tudo e me sentindo ótima, de ontem pra cá não consigo me olhar no espelho: baixei a bola na comilança e fiz uma caminhada insana por mais de uma hora.

Serão os líquidos retidos que estão saindo pelos olhos e me fazendo chorar a cada 15 minutos?
Será a combinação de hormônios que simplesmente aniquilou de vez o meu pavio (que já era curto) e agora minha paciência está praticamente inexistente?

Nao sei, mas a idéia de criar uma pulseirinha para mulheres em TPM continua valendo.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Singela Homenagem


Bimbolinaaaa, você vai casar amiga!!
E eu nem vou poder estar perto pra ver você entrar na igreja, dizer o sim, beijar o noivo, jogar arroz, festejar por horas dançando loucamente... putz, como assim Bial??

É isso que eu digo; as amigas vão embora, fazem a sua vida e nos deixam aqui abandonadas como uma roupa velha que saiu de moda.

Mas tudo bem, vou esperar você voltar (eu, a Cleodes e tia Tatá) para a despedida de solteira (!!!) nem que isso se resuma a um boliche no Barra Xópim seguido de uma jantinha na praça de alimentação!


Que esse dia seja maravilhoso e eterno - enquanto dure!



segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Caçadores vorazes

Além de fofos e adoráveis os gatos tem um papel de extrema importância para a manutenção da minha sanidade mental. Não é porque eles acalmam o olhar, ronronam e se metem no nosso colo quando estamos jurus... é que eles caçam baratas.

A Tiri está lá agora, no seu local preferido da casa - a floreira, na espreita daqueles insetos infames.

Desde que não traga nenhuma para me mostrar - o que as vezes acontece - ela pode ficar lá o tempo que quiser e inclusive extinguir a espécie.

Oito anos depois...

Não é uma coisa simples você se tornar um cidadão italiano.
Tanto fizeram e anunciaram, não sei se desistiram no meio do caminho ou encheram o saco que agora está praticamente impossível de conseguir seu passaporte em menos de dez longos anos.

Estou nessa há (apenas) oito anos.
Comecei em 2001 juntando as certidões do meu avô, do meu pai e minha, visto que o antepassado italiano já tinha sido alvo de um processo anterior bastando anexar meus documentos ao processo iniciado.
Em meio ao processo montado descobri que meu avô havia invertido os nomes no período entre seu nascimento e casamento... e não tinha documentado em lugar algum. Lá vai Sandrix provar por A mais B que Mário Danilo e Danilo Mário são a mesma pessoa. Depois de meses de processo, junto os papeizinhos e me toco pro Consulado. Entregeui o montinho de certidões e recebi de um velhinho muito pouco simpático a informação de que entrariam em contato quando da avaliação do meu pedido. Ok, fui pra casa contando os dias, visto que naquela época ainda alimentava a idéia de fazer um intercambio ou passar uma temporada na Europa. Esperei, esperei, espereeeeeeei... longos sete anos, até que chegou em minha casa uma correspondência agendando minha apresentação em local e hora definidos.
Uau, tinha até me esquecido!

O pior vem agora: depois de contactar o responsável pelos agendamentos fiquei sabendo que deveria apresentar (hoje, fevereiro de 2009) a documentação com data igual ou anterior ao ano de 2001. Ou seja, eu deveria ter guardado todos os papeis daquela época, sem extraviar nenhum. Ok, até entendo que eles deveriam continuar válidos, visto que estou esperando ser chamada desde aquela data, mas o que me preocupou foi a afirmação de que eu precisaria SIM estar com os papeis datados de 2001 sob pena de não conseguir dar andamento ao processo! Quando perguntei o porque dessa restrição, recebi como resposta: “Como vamos saber se você está realmente agendada desde 2001 se você não apresentar os documentos da época?”, trocando em miúdos: o Consulado precisa de provas de que o Consulado (sim, o mesmo) não está me favorecendo na fila de processos.

Vou catar os pergaminhos, vai entender...

Pagando a dívida

Está de parabéns o pessoal da empresa de publicidade Fischer América: sabedores do poder da propaganda, do alcance que esta tem e decididos a ajudar a causa lançaram a campanha a favor da adoção de cães abandonados, apoiando a UIPA .
A campanha consta de cartazes dupla face, com a foto de um cão, para serem colocados em carrinhos de Supermercados e Pet Shops , com os dizeres: "Ele quer trocar uma gaiola pela sua casa. Adote um cachorro. " O carrinho cria a ideia de um cão engaiolado, o que torna a frase bem comovente. E o cartaz permite a utilização normal do carrinho para o transporte das compras.

É claro que a empresa acaba aparecendo de uma forma ou de outra, recebendo o retorno de uma publicidade como outra qualquer, mas o tema é relevante e precisa de patrocínio, então...

Eu me convenço cada vez mais de que devemos lutar pelo que acreditamos sem esperar ações concretas do governo. O reconhecimento e a criação de leis serão consequência. O grande deflagrador de mudanças de hábito e criador de novas atitudes seremos nós, por meio de nosso exemplo pessoal, de campanhas encabeçadas por nós e da nossa boa vontade. Eu acredito que cada um de nós tem uma dívida com o planeta, por tudo aquilo que usufrui e nunca paga ou repõe. Aí está a oportunidade de saldar a sua dívida com o mundo ao seu redor, fazendo alguma coisa por aqueles que não tem voz e não só por você.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Gravadores humanos


Ja falei aqui algumas vezes que odeio repetição. Não posso com aquelas pessoas que repetem frases, expressões e até atos sem questionar, simplesmente porque todo mundo diz ou faz. Relacionei algumas frases aqui, dentre as que mais me irritam.

Por exemplo, você comenta sobre cor de carros, e o sábio interlocutor retruca:
"Carro branco lembra ambulância; carro preto é carro fúnebre e carro vermelho parece bombeiro." Completamente sem argumentos!

Mais algumas para deleite/irritação geral:
"Gato é bicho traiçoeiro"
"Brasileiro é louco por carro"
"Filho único é mimado"
Esta última então, é a cereja do bolo. Pra quem o é, nada mais insano do que esta afirmação (merece um post em separado).

Se você é um desses, que adora um bom jargão ou um clichê surrado, tudo bem, eles estão aí para serem usados por quem tem pouca imaginação - mas pelo menos se dê ao trabalho de (tentar) entender do que você está falando.




Afagar: sim, alimentar: não

Decidi que não alimento mais gatos de rua.
Tá bom, pode ser que eu volte atrás nessa decisão quando me deparar novamente com um miado faminto, mas racionalmente eu sei que não deveria.
Estou sendo ruim? Não, pelo contrário.

Certa vez, quando ainda trabalhava no meu escritório em uma avenida movimentada de Poa, dei de cara com um gato na minha garagem, mais especificamente dentro do meu depósito de materiais na garagem. Eu, que tenho loucura por estes bichos, fiquei absolutamente encantada, chamei, afaguei, afofei, enfim me lavei naquele bichano que estava simplesmente se abrigando no meu espaço. Ok, até aí tudo bem, o problema foi quando comecei a alimentá-lo. Uma semana depois de começar a receber fartas porções de whiskas diariamente ele (ou ela) simplesmente se alojou de vez ali dentro, deixando de caçar e buscar seu próprio alimento, ou seja, ele se tornou dependente de mim.
Bom, pra resumir, o gato começou a usar não só o meu depósito pra morar, mas a garagem toda para fazer as suas necessidades e marcar território criando a maior confusão com os outros condôminos. Isso resultou na sua expulsão do local.

Moral da história: na tentativa de ajudar acabei inviabilizando o abrigo que ele tinha encontrado.

Isso acontece com pessoas também, mas aí já é assunto pra psicólogo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Procedimento anti-baratas - versão hotel

Quem disse que não tem o que fazer num quarto de hotel em Nonoai-RS está sendo injusto!
É só usar um pouco a imaginação que os míseros 9 metros quadrados onde você está encapsulada viram uma dineilândia (ah, algumas doses de otimismo, força de vontade e capacidade de abstração ajudam).

Primeiro você pode fazer a "verificação" do local, que consta de uma análise minuciosa de todos os cantinhos dessa suíte superespaçosa em que você se encontra. Abra a porta do armário, remexa o edredon, passe os olhos pelo box e pelo banheiro em geral - mas não olhe muito, as vezes isso pode ser realmente desestimulante! Depois, quem sabe uma uma ligeira arredada na cama e no frigobar, vixi, isso sim deve estar colado no chão ha décadas. Ok, pode olhar dentro do frigobar também, sabe como é o seguro que morreu de velho...

Depois você parte para a "ação". Medidas preventivas ajudam na qualidade do sono e evitam surpresas desagradáveis durante a noite. No banheiro você pode colocar o cesto de lixo em cima do ralo - sabe-se lá o que pode surgir dali! O mesmo se aplica ao box: uma rápida arrastada no tapetinho (que amanhã na hora do banho será arremessado porta a fora) para cima do segundo ralo. Proteja-se! Frestas na porta? Pegue aquela toalha altamente suspeita (no caso de ter levado a sua, lógico) que pairava sobre a cama quando você entrou no quarto enrole e grude na fresta. Toalhas molhadas vedam muito mais... Ok, você nao quer lançar mão da toalha, vai que precise dela para socar os mosquitos no teto, então pegue as cortinas. Você não vai durar muito nessa cama mesmo, então tanto faz acordar com a luz do sol ou com o barulho da descarga do vizinho.

Depois da ação completa: o monitoramento!
Sim, porque se você acha que está completamente livre daqueles insetos pretos, nojentos e antenudos apenas com estas armadilhas caseiras, infelizmente você está enganado. Fique de olho. Um chinelo na beira da cama pode ser um bom começo. Outra arma poderosa é a conscientização: conforme-se de que caso você se depare com essa aberração da natureza em algum momento da sua estada (mesmo que seja em sonho) VOCÊ será o único capaz de exterminá-la. É duro, eu sei, mas alguém tem que fazer o trabalho sujo... a escolha é sua.

A vantagem de tudo isso é que não vei ter novela que te mantenha acordado... depois de vencidas todas as etapas do procediemnto anti-baratas descrito acima, você vai tombar na cama como um saco de batatas. Boa noite!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Dormência dos sentidos

Eu não quero me acostumar.
Eu não quero me acostumar com a pobreza e a miséria. Não quero achar banal gente dormindo debaixo da ponte e mendigando nas sinaleiras.
Não quero achar normal a quantidade de lixo gerada e acumulada diariamente no planeta.
Não quero fechar os olhos para a destruição da natureza; da flora e da fauna, como é tão fácil de se fazer.
Não quero esquecer as barbaridades que políticos fizeram, estão fazendo e farão sempre enquanto se mantiver o sistema corrupto que vigora nesse país.
Não quero tentar entender os crimes bárbaros, contra crianças, velhos e animais – segmentos absolutamente indefesos e que por isso mesmo acabam sendo os alvos principais de covardes sem escrúpulos e sem alma.

O costume é o amortecimento dos sentidos.
Eu vou sofrer, todos os dias, mas não vou me anestesiar. Não quero ser mais uma morta-viva, que assiste todos os dias o telejornal, profere meia dúzia de palavrões e no dia seguinte está lá, repetindo tudo o que condenou horas antes.
Também não quero me eximir da culpa, atribuindo tudo aos outros como se separar o lixo me tornasse uma cidadã modelo... grande bosta! Eu uso carro, eu sou consumidora, eu deixo a minha pegada ecológica – e isso me faz culpada também.

Chega de discurso e chega de indiferença; chega de extremos. Não precisamos mover multidões, não é se mudando para uma montanha e deixando de comer que faremos alguma diferença. É a conscientização e o exemplo pessoal de cada um de nós que pode começar a mudar o rumo dessa prosa. Um pouquinho de cada vez, a sua parte pode parecer pouco mas não é, é suficiente, é exatamente o que precisamos.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

"Sai daí fedelha!"


Pose de 'aranha'... Ela acha que está assustando!

não era beeeeem assim... mas enfim

Se a sua depiladora atravessou um oceano para chegar aqui e fala meia dúzia de palavras em português (e entende menos ainda), certifique-se - antes de se abandonar na maca dos horrores - que ela entendeu exatamente o que você quer e, principalmente o que NÃO QUER depilar.

Só um conselho.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

... agora limpa!

Depois de utilizar a sua centrífuga tudibom para fazer um suco com diversas frutas fibrosas e gosmentas, e saborear aquela diliça como se tivesse ha dias no deserto do Saara... chega a hora fatídica: encarar a sujeira. Você olha pra centrífuga e para o que sobrou limpo da sua cozinha, que é pouca coisa, e:

(a) senta no chão e chora;
(b) soca tudo dentro da pia e espera (o tempo que for) a faxineira chegar;
(c) leva a centrífuga para a sacada e lava ela a mangueirada;
(d) bota a centrífuga (e todos os seus 512 potinhos e tampinhas) debaixo do chuveiro e vai dar uma volta;
(e) simula um desmaio para quando seu marido (esposa/mãe/cachorro) chegar se apiedar de voce e lavar aquela bagunça.

Ok, prefiro não comentar o que aconteceu na minha cozinha hoje.
Boa noite!

"Tchauzinho"? só no inverno!

Se alguém me abanar na rua e não for correspondido não se assuste: decidi que enquanto estiver expondo meus bracinhos ao tempo vou me limitar a gritar um “oi” ou dar um sorriso.
Por nada não, é que to com medo que o pedaço mole de carne chamado tríceps descole do meu braço e caia no meio da rua.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

sensível - alerta vermelho

Só para terem uma idéia... depois do comercial de ração pra cachorro (que convenhamos, é emocionante) a pessoa chorou ao ler a descriação de uma dinâmica de educação ambiental!

O texto fatídico segue abaixo.
Depois dessa acho que a internação é uma boa opção.

______________________________
"...As crianças devem formar um círculo, no pátio, parque, ou outra área ao ar livre, e o monitor deve colocar-se dentre deste círculo, próximo a margem, segurando um rolo de barbante. Para começar a brincadeira o monitor pode perguntar: - Quem pode me dizer o nome de uma planta importante da nossa região? ... Figueira... Ótimo! Venha aqui Srta Figueira, e segure a ponta do barbante. Há um animal por aqui que gosta de se alimentar dos frutos da Figueira? ... Sabiá! Ah, uma boa refeição! Sr. Sabiá, segure neste barbante! Você está ligado a Figueira porque depende dela para se alimentar. Agora, quem se alimenta do Sabiá?
Continue ligando as crianças por meio do barbante à medida que vão aparecendo conexões entre elas. Introduza novos elementos e considerações, tais como animais, solo, água, e assim por diante até que todas as crianças do círculo estejam interligadas como um símbolo da teia da vida. Vocês acabam de criar seu próprio ecossistema.
Para demonstrar como cada elemento é importante para uma comunidade, imagine um motivo plausível para tirar um elemento do conjunto. Por exemplo, uma árvore é cortada. Quando a árvore cai arrasta consigo o barbante que está segurando; qualquer um que sinta um puxão no barbante foi, de alguma forma atingido pela morte da árvore. Agora todos que sentiram o puxão por causa da árvore também devem dar um puxão. O processo continua até que cada elemento demonstre ter sido afetado pela morte da árvore."

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

sensível...

A pessoa anda tão manteiga derretida que chora até em propaganda de ração pra cachorro .

mal posso esperar pela TPM...

Para tudo!

As vezes eu sinto a necessidade de parar tudo e me mandar para um retiro. Tenho vontade de abandonar por um tempo essa roda viva em que me meti e esvaziar a cabeça, renovar mesmo. Não imagino que seja fácil, afinal estamos plugados em várias frentes ao mesmo tempo: trabalho, família, amigos, projetos e, simplesmente apertar no pause e voar as tranças nem sempre é simples ou pior, nem sempre é possível!
Mas caso eu tivesse essa oportunidade a usaria para fazer um balanço completo do meu comportamento, passar o anti-vírus; me desfragmentar. Eu ia começar com uma viagem ao passado, revivendo meus sonhos de criança, retomando minhas expectativas e tudo o que realmente me fazia feliz. Fazia? Sim, hoje sou tão bombardeada por informações e falsas necessidades que já me peguei titubeando ao ser questionada sobre o que realmente me satisfaz. Pode parecer exagero, mas faça o teste você mesmo e liste rapidamente cinco coisas que fazem a sua vida valer a pena... listou? Ok, agora corte tudo aquilo que é anunciado na mídia, e corte também aquilo que demanda altos investimentos financeiros. Ah, corte também aquilo que aparece nas revistas de beleza e sociedade. Se a sua lista continua intacta: parabéns!

Buenos, depois eu ia trazer para os dias de hoje tudo o que eu elegi como sendo motivo de felicidade e faria a comparação fatal. A seguir talvez eu fizesse uma análise crítica do que mudou, porque mudou, o que fez com que eu abandonasse alguns ideiais... vixi, seria preciso mais do que 24 horas para repassar tudo!

Tudo isso para dizer que se não paramos um pouco de vez em quando e não revemos nossas escolhas, estamos correndo sérios riscos de sermos levados pela multidão, de começarmos a achar certo algumas coisas que há um tempo atrás considerávamos inconcebíveis, de nos acostumar com comportamentos que sempre condenamos e a nos transformar em alguma coisa diferente da nossa essência.

E qual o problema disso tudo? O sentimento de vazio.

Enquanto o momento do ‘intervalo’ não vem, vou fazendo algumas pequenas pausas estratégicas quando é possível, no trânsito, no banho, na esteira ergométrica, seja onde for, não vou deixar o bolo crescer. Preciso fazer minha limpeza periódica, abrir espaço no precioso equipamento chamado mente, para mim é vital.

Sandrix fiscal - o caso das Tipuanas

Eu devo ter sido fiscal ou algo parecido em outra vida, pois nada explica esse dom nato de fiscalizar, verificar e achar erros nas coisas. Adoro corrigir documentos, encontrar furo em enredo, agulha no palheiro... jogo dos sete erros então, acho que fiz todos que caíram na minha mão quando era criança. Seja como for, o fato é que isso acabou despertando meu interesse pela ‘fiscalização’ da minha cidade: é aquela história se você se não participa e não se envolve acaba permitindo (pela indiferença) que as coisas aconteçam de qualquer maneira ou, pior, da maneira que alguns querem.

Assim sendo não poderia deixar de notar que o restaurante que tinha na esquina da minha rua foi fechado e demolido. Ok, grande coisa – menos uma espelunca no Portinho – não fosse as duas tipuanas enoooormes que seguem no meio do terreno e, que está prestes a ser ocupado novamente. O antigo restaurante se preocupou em preservar as árvores, recortando o próprio telhado em volta dos troncos e deixando que elas participassem da decoração. Agora fica a dúvida: o que vai acontecer nesse terreno? Será que o novo proprietário vai ter a mesma preocupação??

Munida da minha máquina fotográfica – que não me largou mais desde que comecei com o blogue, estou de olho!
Já fotografei o terreno com as árvores... e qualquer movimentação estranha ligo pra SMAM na hora. A propósito, quem quiser fazer alguma denúncia anote o número.

Secretaria Municipal de Meio Ambiente (51) 3289.7500
Aí estão as moças

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Pra mim chega

Larguei!
Definitivamente larguei vocês!
Isso deveria constar nas minhas resoluções de ano novo (vou fazer uma emenda!) mas por um descuido não coloquei. Em tempo: decidi que de hoje em diante vou deixar de me intrometer na vida dos outros.
Quer comer pãozinho fofo? Coma!
Quer usar camiseta furada? Use!
Quer assisitr Big Brother até babar? Assista!
Quer fazer as coisas do seu jeito? – que diga-se de passagem é completamente diferente do meu – Faça!
Juro que não vou dar mais discurso, não vou mais brigar, não vou ter ataques de fúria... sério mesmo. Depois de dar muita cabeçada a gente aprende, a vida é assim.

Ah! E antes que eu me esqueça: quer conselho? Posso dar, com maior prazer, mas antes preencha o formulário e protocole em cinco vias.
Outro aprendizado precioso: conselho se dá sim, mediante pedido, súplica. Se o sujeito não pede conselho é porque ele acha que está tudo bem, é porque está feliz e tal, e quem sou eu para dizer o contrário! Posso estar me remoendo, mas não vou apitar na vida alheia.

Agora um pedido meu: se você comer a porcaria do pãozinho fofo – mesmo que eu tenha passado a vida toda esbravejando que essa naba engorda – não venha reclamar de calça apertada pra mim!

Decadência sem elegância

Fiquei sem os canais da net por um tempo - o motivo não vem ao caso – e me vi obrigada a a acompanhar os telejornais apenas pelos canais locais. Além do manjado 12 (RBS) acabei me deparando com redeTV!, SBT, Band, TVE, entre outros que dificilmente passavam pela minha tela.
A boa surpresa foi a TVE. Os noticiários e documentários que vi foram gratificantes! Gostei de saber das notícias da minha cidade em primeira mão (Porto Alegre) sem passar obrigatoriamente por Rio e São Paulo, gostei do nível dos programas, dos apresentadores, gostei de ouvir notícias boas e positivas em vez da pura desgraça que é ampliada na maioria dos telejornais das outras emissoras, se não tivesse passado tão pouco tempo em frente a tv (sou meio chucra pra isso) me arriscaria até a lascar uma nota, mas com pouca audiência não tenho condições de avaliar o todo.
O problema foi o restante das emissoras... credo que pobreza.
Sem entrar nos detalhes de quem é pior - se Luciana Gimenez ou Nelson Rubens – estou de cara com o nível da programação da tv brasileira. Acho que nem preciso entrar no Big Brother, que vamos combinar, é a ruína cerebral.
A grande pergunta que fica é do tipo ‘quem veio antes o ovo ou a galinha?’- Será que o nível dos programas baixou porque a audiência está procurando por programas cretinos ou será que as pessoas estão se acostumando a ver porcaria na tv por que os programas têm piorado de uns tempos pra cá???
Será que a popularização do aparelho de tv - que permitiu que as camadas mais baixas da população tivessem acesso a esta mídia - contribuiu para o franco declínio do conteúdo apresentado? Francamente, não acredito que pessoas esclarecidas se prestem a assistir às entrevistas esquizofrênicas da Gimenez, ou às fofocas do showbiz apresentadas por Nelson Rubens e sua trupe.
Um dia desses me obriguei a ficar pelo menos 10 minutos nestes programas que eu classificava de “inolháveis” para me certificar de que eu não estava exagerando ou sendo muito radical. Foi o tempo que deu para agüentar. Não só confirmei o que eu achava como fiquei mais impressionada ainda.
Estou cada vez mais inclinada a atirar a televisão do quarto pela janela. Que ela não cruze comigo em TPM!

Surpresa!!!

A primeira vez que recebi um "aviso de recebimento" do correio fiquei toda empolgada, pensei que poderia ser um presente de alguém que mora longe (era época de Natal), ou uma encomenda que havia feito ha tempos e nem lembrava mais, enfim, pensei milhares de coisas boas... me quebrei ao meio para chegar até o correio em horário comercial - um sufoco- mas deu, e o que era então que eles me entregaram??? uma multa.

A segunda vez que veio o tal aviso, fiquei meio sestrosa... afinal, poderia ser um presente (a esperança é a última que morre!) mas poderia ser mais uma multa fdp! Acabei indo até o correio, meio sem muita pressa. O que eu recebo quando chego lá??? Outra multa. Holyshitmotherfucker!!!!!!!

Faz duas semanas que chegou o terceiro aviso...
Quer saber? Podem morrer me mandando, mas eu não vou pegar!!
Huahuahuahuahuahua (risada histérica)
Não vo-ou la la la la!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A psicologia das roupas

Em posts anteriores contei um pouco da minha saga com a consultora de moda (ou personal stylist), desde o que me motivou a procurar alguém que pudesse me ajudar a perder menos tempo na frente do roupeiro e a me sentir menos insegura em momentos formais até o dia em que ela passou em revista todas as minhas roupas e fez a grande revolução. Alguns podem achar uma frescura, outros podem se empolgar, o fato é que para mim, além do óbvio (ajudar a me vestir melhor) essa função foi o reflexo de uma nova fase na minha vida. Uma fase que se manifestou em diversas áreas e que posso resumir como sendo “o momento em que decidi não permanecer em cima do muro e assumir de verdade as minhas escolhas e as suas conseqüências”.
Uma delas foi o ‘vestir’, que sempre foi um grande tabu.
Quem olha de fora não percebe quantas coisas estão conectadas ao simples ato de vestir-se. Desde a escolha das peças e acessórios, passando pelos critérios que vamos formando ao longo da vida e o que faz com que escolhamos modelos ‘assim’ e não ‘assados’... tem muita psicologia aí no meio.
Bom, não vou entrar no detalhe da coisa, até para não me alongar, mas vou fazer uma recomendação para quem ficou balançado e/ou está passando pela mesma fase que eu: vale a pena fazer uso dessa facilidade. Mais detalhes direto com ela, minha personal querida.
Ah, e para quem quer começar por conta própria, lá vão algumas diquinhas básicas (que para quem não manjava absolutamente nada de moda, como eu, fizeram toda a diferença).

1- Calça jeans, a principio vai com qualquer tipo de camisa/blusa, e fica ótima com um blaser mais ajustadinho.

2- Calça social vai bem com camisa social, blusinha de viscolycra, tricot e até uma básica simples desde que com os devidos adereços como colares, lenços e blasers...

3- Calça de sarja vai bem com camisa social assim como uma básica Hering, sem esquecer que um colarzinho, um colete ou um lenço no pescoço fazem o básico ser muito chique.

4- Calça de seda javanesa vai bem com camisa social, viscolycra, modal, só precisa ter cuidado com as estampas porque o tecido da calça fala por si só.

5- Sandália de plataforma vai bem com vestidos mais curtos e, normalmente, não são a melhor opção para calças compridas – com estas é melhor optar pelos saltos finos.

6- Sandália rasteirinha tem passe livre a não ser que você fique parecendo um liquinho. Se o comprimento da roupa for mais curtinho a melhor opção é um salto mais alto – que deixa as pernas mais torneadas. Tudo depende da ocasião, mais chique: use salto, mais descompromissado: use a rasteirinha.

7- Scarpins, a principio vão bem com tudo, a não ser eventos menos formais. Com saia eles ficam ótimos se acompanhados de meia calça, se preferir abrir mão da meia use calça comprida (cigarrete é uma boa opção).

8- Sapato Chanel vai bem com vestidos de modal. Para saias e vestidos prefira os modelos abertos (Chanel) ao invés dos fechados (scarpins).

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O causo do 'chequinho'

Para quem reclamou do post (09/01 - "Fale errado, fale em Português") achou extremista, exagerado, me classificou como terrorista, etc e tal, não precisei nem replicar, bastou assisitr o jornal do almoço de ontem. Enquanto me depilava (afff, não gosto nem de lembrar...) conseguia ouvir pelas frestas da sala de tortura a tv que bombava no salão. A notícia era a seguinte (desculpem que peguei pela metade, só conseguia prestar atenção em poucos momentos enquanto ela espalhava a cera...): uma galera estava pegando avião pela primeira vez e estava tendo problemas com os termos estrangeiros usados sem restrição nesse meio.
A turma era formada por uma galera mais simples e, não sei porque, o reporter resolveu entrevistar uma exemplar do grupo (uma manicure) e descobriu que ela tinha chegado no aeroporto no dia anterior ao dia marcado para o seu voo, por medo de perder o avião. Bueno, mas não era isso que eu queria frisar, o que mais me chamou a atenção foi que ninguém da turma sabia que diabos era "CHECK IN". Então pergunto: eles têm obrigação de saber? O inglês é a língua oficial no Brasil? Então... de quem é o problema?

Sei que em algum momento elas se deram conta que não era 'chequinho' e sim procedimentos para embarque, mas de qualquer forma, acho que cabe uma reflexão aqui.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Cachorro 'pudol'

Espero, sinceramente que o sabão proveniente da lavagem da minha alma não irrite os olhos sensíveis de ninguém, muito menos das minhas estimadas visitantes esporádicas, mas tem algo que não estou conseguindo guardar só pra mim. A pergunta que não quer calar: O que leva alguém a comprar um cachorro poodle (isso por si só já me intriga, mas vamos adiante) e pintá-lo de cor-de-rosa?
Esses tempo me deparei com um exemplar desses em plena luz do dia e fiquei pensando no que pode motivar alguém a fazer essa brutalidade com seu bicho de estimação. Me passaram algumas idéias pela cabeça:

(a) estão pagando promessa;

(b) o cachorro foi presente do ex-namorado(a);

(c) o cachorro era do Joselito Sem Noção (ahhh bom...);

(d) eles tinham pedido um bicho de pelúcia mas o Papai Noel entendeu mal...;

(e) fizeram isso só pra me irritar.

Resta agradecer pelo fato de cachorros enxergarem apenas em preto e branco.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

sai do MSN criatura!!

O que você faz com uma pessoa que conecta no MSN: "Em Florença!!"

Só matando...

Mi casa é su casa

Sou arquiteta de formação, mas há algum tempo não trabalho com projeto, mudei deveras de ramo. Mas sempre gostei de desenhar e acho que isso me motivou a escolher pela arquitetura no vestibular. Bom, depois de formada trabalhei um tempo com projeto de interiores, comercial, residencial e o que mais aparecesse, pois se tem profissional que precisa se virar em mil é o pobre do arquiteto. Bom, mas tudo isso para dizer que sempre ABOMINEI aqueles projetos em que o arquiteto define absolutamente tudo na casa, passando dos móveis aos objetos de decoração e quem sabe até as roupas dos clientes, a cor da escova de dentes, esmalte de unha, etc. Hoje recebi um e-mail com uma foto de uma casa espetacularrrr, feita toda de aço em um condomínio de Xangri-lá, e tive a impressão de que os seus donos precisam mais aparecer do que morar. Não duvido que a casa estivesse sendo entregue com a geladeira cheia! Com os produtos todos verdinhos que nem propaganda de eletrodoméstico chique. Na cozinha imagino que deva ter uma fruteira cheia de frutas exóticas, romãs, lichias, kiwis cortados em forma de estrela...
Será possível, hein? Será que os caras não se dão o prazer nem de escolher os quadros que vão pendurar na parede?!
Eu não sei vocês mas eu detestaria morar em lugar que não tem a minha cara.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Meu carro minha casa

Incrível a quantidade de coisas que cabem dentro de um carro, mesmo que seja um modelo pequeno. Hoje quando fui colocar as compras do super no porta-malas me deparei com alguma coisas que depositei ali faz algum tempo e ainda não consegui desovar, a saber:
- sapatos para consertar no sapateiro (vários... que eu achava que estavam desenganados - resolvi dar uma segunda chance a eles);
- roupa para a lavanderia - um blaser, mas já é mais uma sacolinha;
- roupas para doar (atenção Cleodes: se você não me lembrar amanhã da blusa branca que está aniversariando no carro corre o risco de perder a doação);
- roupas para consertar na costureira (duas calças - ja desisti de achar alguma que me caiba sem conserto, então ja compro larga mesmo) - mais uma sacola...
- mostruário de pastilhas de mosaico (???) - do tempo em que eu ainda fazia (Jesus... esse deve estar colado ali pra sempre).

Vou ter que dar jeito nisso essa semana.

Sombra na praia


Esse final de semana, enquanto caminhava despretensiosamente pela praia fiz uma constatação dramática: Torres está se tornando uma Camboriú!
Guardadas as devidas proporções (trata-se de um prédio apenas e a sombra deste na praia acontece a partir das 19hs) já estamos nos deparando com o efeito nocivo de grandes prédios erguidos em terrenos muito próximos à praia.
O Plano Diretor de Torres não permite a construção de edificações maiores que quatro pavimentos até três quarteirões da avenida Beira Mar, o que foi conseguido não sem muito esforço. Enquanto a lei estava em votação grupos de ativistas desfilavam pelas praias locais empunhando faixas e bandeiras. Valeu a pena, mas não dá para relaxar. Agora temos que fiscalizar, qualquer movimentação de terra suspeita nas quadras próximas ao mar deve ser verificada.

Mas o exemplo em questão não é uma construção nova. Trata-se do prédio do Dunas Flat, que está por ali há pelo menos dez anos. Como falei, não chega a ser uma denúncia, apenas uma constatação e, quem sabe, um alerta.

De grão em grão a galinha enche o papo

Alguém disse, alguma vez, que bituca de cigarro não é lixo? Que não entope bueiro, que passarinho não come enganado e coisa e tal? Não porque todo santo dia eu vejo pelo menos um fumante largando a sua bituca fumada sem o menor constrangimento no chão. Seja pela janela do carro, seja na calçada - na cara dura mesmo, eles têm certeza que o resíduo do seu vício não faz mal algum pras ruas da cidade.
Isso faz parte daquele pensamento de que 'uma bituquinha só não vai fazer mal'... Mas é só ele no mundo que joga o seu toquinho no chão? Claro que não, então, se somarmos todas as bitucas que todos os fumantes jogam diariamente no chão (ok, não tenho esses numeros, quem sabe alguma universidade estrangeira esteja se ocupando em calcular) vai dar um montão de lixo, e o pior não é o lixo em si, mas a total indiferença em que as pessoas se livram dele.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

0 x 0

Eu odeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeioooooooooooooo
gritoooooooooooooooooooooooooooooooooooo
de gooooooooooooooooooooooooooooooooooll!!!!!!!!!!!!!

será que os caras não percebem quão esquizofrênico é ficar se esganiçando quando uma bola atinge o fundo da rede??? Pior ainda quando é replay! O gol ja aconteceu, quem tinha que comemorar já comemorou, agora estamos apenas R E V E N D O os lances e o cara segue detonando no "goooooooooolllll"... mas que dureza!

Arrependimento e perdão

Parafraseando Borges, se pudesse voltar atrás faria muita coisa diferente, ou pelo menos faria as mesmas coisas de forma diferente. Acho que todo mundo já teve essa sensação em algum momento da vida ao olhar pra trás e analisar criticamente as suas atitudes. Eu faço isso de vez em quando, mesmo sem pensar, e é bom saber que nesse meio tempo eu não apenas mudei ou cresci: eu evoluí. O contexto muda, e com ele as pessoas, ou quem sabe o contexto mude a partir das nossas mudanças internas, enfim, o fato é que a cada minuto vivemos uma nova realidade e respondemos a ela de acordo com a nossa visão de mundo naquele momento (idade, local, momento da vida, etc) e não adianta querer mudar, isso é uma lei.

Assim eu me lembro das minhas aulas de filosofia no colégio.
Odiava-as. Naquele período ia para a sala de aula como um prisioneiro que retorna da condicional, por completa obrigação. Só de pensar em estudar a matéria me dava um desânimo monumental e dentro de sala de aula prestava o mínimo de atenção necessária para saber do que a aula se tratava.

Hoje olho para trás e me arrependo um bocado.
Se tivesse a mesma oportunidade atualmente prestaria muito mais atenção, participaria ativamente das aulas e teria muito mais perguntas - resultado da minha leitura tardia.
Me arrependo mas não me culpo. Quem sabe naquele momento eu estava em outra sintonia, ou quem sabe o professor também não ajudava a deixar uma matéria tão complexa e subjetiva interessante para uma turma de adolescentes, sabe-se lá quantas coisas não conspiraram para que o desfecho fosse esse.

Assim acontece em todas áreas, não procuro um culpado para poder apontar o dedo e me livrar de qualquer responsabilidade, não busco alguém ou alguma coisa para quem eu possa transferir toda minha frustração e raiva e assim mascarar o meu sofrimento, procuro avaliar criticamente o que passou, entender o que aconteceu (quando é possível) e conviver com o resultado das minhas escolhas. O exemplo da disciplina de filosofia foi bobo se comparado aos arrependimentos a que somos acometidos ao longo de uma vida, mas vale o mesmo critério para o alívio: compreensão e perdão.