domingo, 31 de maio de 2009

Pontal do Estaleiro - Opinião

A pergunta que não quer calar: afinal, o projeto Pontal do Estaleiro é bom ou não é bom para a cidade?

Já se falou em propina, em alteração de plano diretor, em abandono por parte da prefeitura, mas na verdade, o que importa mesmo é o que significa a implantação de um empreendimento desse porte, neste local para a cidade de Porto Alegre.

O projeto seduz, não há duvidas. O cidadão comum, leigo, que está acostumado a ver a orla do Guaíba largada sem nenhuma proposição de uso acaba se deixando impressionar pelo material promocional, e não o culpo por isso. O desenvolvimento de um município é sempre bem visto, ainda mais em tempo de grandes investimentos, quando o assunto está em voga por conta dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014.

O fato é que este assunto não deve e não pode ser avaliado isoladamente, sem que sejam considerados todos os segmentos envolvidos e atingidas pelo seu impacto, os precedentes que se abrirão, as tensões internas que se acirrarão, e toda a repercussão que está atrelada ao veredicto final da sua implantação.

Um referendo? Um plebiscito? Não sei se seria o mais adequado, enquanto não pudermos contar com a divulgação correta e isenta dos fatos, não acredito que a população de Porto Alegre esteja em condições de decidir sobre a alternativa mais adequada. Os projetos e as pesquisas desenvolvidas dentro da prefeitura, dos órgãos ambientais e demais organismos independentes não são sequer divulgados, nem perto da publicidade direcionada das incorporadoras.

Não sou a favor da implantação do projeto tal com ele está sendo proposto. Não posso concordar que o instrumento de planejamento por excelência do município – o Plano Diretor - seja atropelado e alterado de forma escusa sem a ampla participação da população. Não aceito que um punhado de vereadores comprados decidam o futuro da cidade nem o caráter da nossa orla, ou nossa interface com o bem maior bem do cidadão portoalgrense, o rio Guaíba.

Por outro lado não acho que a saída seja simplesmente o veto, aniquilar com o projeto e voltar a estaca zero, congelando a nossa orla mais uma vez no abandono e descaso sem que esta cumpra com seu papel de espaço urbano ou de preservação ambiental para se resumir a um espaço reprodutor de criminosos e delinqüentes.

Sou a favor de uma reformulação de base no projeto, com ampla divulgação de informações, participação de populares, entidades e demais interessados, onde sejam contemplados os interesses dos cidadãos como um todo, não apenas de uma parcela ou de uma classe. Sou a favor de um trabalho em conjunto, com transparência, sem pressa e sem pressões. Se isso não for possível, o desenvolvimento que me desculpe, mas a ética é fundamental.

Saiba mais.

Qual o seu papel?

O que se passa na cabeça das pessoas? Como as pessoas interagem com o mundo a sua volta ? – e me incluo nessa pergunta também. De diversas maneiras, ok. Mas, pensemos em nós. Para cada um que porventura venha a ler este post, fica a pergunta: como você interage com o mundo a sua volta?

Na minha opinião existem quatro maneiras de classificar o nosso nível de interação, de acordo com a nossa passividade ou atividade diante das coisas, são elas:

nível zero - Passividade diante da ignorância >> ou seja, não fazem coisa alguma porque simplesmente ignoram o que acontece àsua volta. São aqueles indivíduos que só consideram a sua parte individual, não tem a menor consciência de cidadania e sequer sabem o significado da palavra filantropia.

nível um - Passividade diante do conhecimento >>> é quando mesmo sabendo do que acontece no mundo, na cidade ou no seu bairro, se limitam àlguma indignação seguida de resignação (aqueles que descarregam toda a sorte de palavrões em frente ao Jornal Nacional, e no dia seguinte nem se lembram do que viram), são os famosos ‘anestesiados’ sabem de tudo mas não se mobilizam para nada.

nível dois - Atividade resignada >>> quando existe o conhecimento, existe a vontade de mudar, mas não sabem bem como, e aí começa a dar uma preguiça... de vez em quando discursam em prol da Amazônia, nos repassam e-mails sobre tráfico de animais silvestres, assinam petições, etc, mas na hora do ‘vamos ver’ sempre acham alguma desculpa para não participar.

nível três - Atividade efetiva >>> quem faz a diferença. Sabe aquele seu vizinho que institui a separação do lixo no condomínio todo quando isso nem era moda? Ou aquela médica veterinária que disponibiliza regularmente parte do seu precioso tempo em prol da castração voluntária de animais domésticos? Lembra daquela amiga que não tem grana, muito menos tempo sobrando, mas dedica grande parte do seu dia às causas que lhe abraçam? Pois é, dessas que eu falo.

domingo, 24 de maio de 2009

uM oUTRO pONTO dE vISTA

“Se eu tivesse aprendido a respeitá-lo antes, eu não teria sofrido tanto!”.
Essa foi a frase mais sensata da noite. Me espantei por ter vindo de alguém que dificilmente me surpreende, ainda mais depois de vários chopes... mas tenho que admitir que dessa vez ela me surpreendeu.

A autora da frase: uma amiga, mãe de um ‘adolescente’ de quase 20 anos, cheio de histórias complicadas. O sujeito da frase: o filho, garoto do bem, porém desinteressado da vida, com um pé na terra e o outro no mundo da lua. O contexto: Por duas décadas ela não aceitou que o filho tivesse um ritmo lento, fizesse tudo com (demasiada) calma e tivesse pouco interesse nas coisas que ela julgava importantes. Resultado disso: muita briga, muito desgaste e obviamente, sofrimento – de ambas as partes.

Histórias de vida à parte, a observação dela me fez pensar em como fazemos isso ao longo da nossa vida. Sem nos darmos conta, estamos sempre querendo mudar os outros a nossa volta... sejam eles pai, mãe, marido, irmão... sempre achamos que a nossa visão é a correta e que se eles ainda não mudaram, é só uma questão de tempo. O pior é que a gente sabe muito bem que não é bem assim, mas não consegue frear o impulso. Passamos anos da vida se chocando, se debatendo, sempre com os mesmos conflitos, sempre achando que se insistir mais, se for mais firme e duro a coisa vai mudar: ou melhor, ELES vão mudar.

Nunca chamamos a responsabilidade pra nós, já viram? Se o meu relacionamento esta uma droga é sempre culpa do marido. Se não me dou bem com meus pais, não penso duas vezes em colocar a culpa neles, e assim nós vamos...dando soco na parede e passando gelo na mão, sem imaginar que dá sim para parar de soquear a parede!

Não vou entrar no mérito da nossa protagonista: que ela faça o que for melhor para eles. Mas para mim foi uma lição, e assim como todos os nossos conflitos, o primeiro passo é perceber o que está acontecendo, para depois poder tomar uma atitude. Meu primeiro passo está dado... antes tarde do que mais tarde!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Exterminando Fantasmas

Todo mundo tem uma frustraçãozinha, vai dizer...
Nem que seja uma coisinha besta, bobagem mesmo, mas se cultivada vai crescendo e tomando proporções de 'problema' até que um belo dia - PUF - se transforma em um belo recalque.

Eu tenho uma. Uma não, várias... mas tem umazinha que eu quero e posso aniquilar agora, e é isso que eu vou fazer. Sabe-se lá se eu não guardar essa mágoa eu não vá me transformar em uma velha ranzinza, ou uma serial killer. Pelo sim e pelo não, aqui está: sou frustrada de nunca ter sido incluída naquelas correntes de blogues onde cada um fala cinco coisas de si e indica outro blogueiro para fazer o mesmo. Afff... falei. Besta, né. Mas tá, não vou deixar por menos, segue abaixo SETE coisas sobre Sandrix - que é bem provável que você não tenha o menor interesse - mas vão me salvar do mármore do recalque:
- Eu não sei cozinhar, não sei se algum dia vou saber e tenho raiva de quem me diz “ah, mas é tão fácil”.
- Eu gosto mais de gatos do que de algumas pessoas.
- Odeio quando não me levam a sério, ou não ouvem o que eu falo.
- Adoro figo – de todas as maneiras. Mais do que arroz e feijão.
- Tenho a síndrome da tolerância zero mas estou tratando... e já estou bem melhor!
- Costumo começar diversos projetos, e terminar poucos;
- Dirijo com uma mão só, e não adianta dizer que não pode.

Pronto, simples.
Quem sabe você não se empolga e faz o mesmo? Claro, liste seis características suas e mande bala nos comentários. As mais sinceras serão publicadas aqui no fim de semana.

ENQUETE: internet, da Janete... kit kat

Pessoas queridas, em vista de um novo alento para meu surf particular na internêta e para continuar abastecendo este blog com desabafos-noticias-delírios-dicas fresquinhos, coloco no ar esta humilde ENQUETE - que se encontra na barra ao lado. >>>>

Gostaria de pedir a participação de vocês nessa dificil tomada de decisão.
Obrigada!

terça-feira, 19 de maio de 2009

BRIC A BRAC

Dica boa pra quem acha que panela velha é que faz comida boa, quem curte uma naftalina ou tá curto de grana mesmo: Utilizzati

Blog-Bric de uma amiga minha que está bombando. Vale conferir... ah e se não quiser comprar nada tudo bem, manda pra lá a foto daquele Exu Tranca Rua que está largado em um canto da sua casa, ou aquele jogo de xícaras de cafezinho que a sua sogra (no auge do seu bom gosto) lhe empulhou que ela vende, pode apostar.

Eu já mandei minhas tralhas.

Só dói quando respira

Gentes... socorro.
Não sei onde estava com a cabeça quando me inscrevi no grupo experimental da "Ginástica Funcional", nova modalidade da academia. Devia ter percebido pelo pequeno público (mais uma pessoa além de mim) que a coisa não era bolinho, mas não... não percebi o sinal dos deuses e me joguei de cabeça.
Digamos que 45 minutos de auto-flagelo me deixariam em melhores condições do que estou agora. Mas tudo bem, olhemos pelo lado positivo, daqui a 30 minutos, quando eu cair na cama nada vai me mover de lá até amanhã de manhã. Nada!

bah, na boa...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Cesta de café da manhã comunitária

"... eu não sei vocês, mas eu vou ficar com esse chester aqui..."

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Yellow Fever

Aee galera, já fizeram a vacina contra a febre amarela?
Po, façuavor hein... não façam que nem uma amiga minha que tem medinho de agulha e cada vez que vê um mosquito no quarto passa a noite em claro. Come on, dói menos que depilação (algo em torno de um milhão e meio de vezes), menos que desembaraçar aquele nó do cabelo lá na nuca, menos que tirar aquela sombrancelha que nasce no meio dos zoio... vamos lá galera, não tem desculpa.

Eu já fiz! Aliás vacina é comigo mesmo, já fiz todas as vacinas que o mercado oferece: meningite, hepatite, rubéola (2x), febre amarela (2x)... é vacina? To pegando. Só não fiz a da gripe, que aí também é demais... vamos combinar!

Não sei bem o que acontece comigo (alguém pode estar se perguntando), acho que me sinto mais protegida, não sei mesmo. Mas a fissura é real... alguém aí tem carteirinha de vacinação? Eu tenho.... duas.

da série Diálogos

Sandrix: “...ai não suporto aquelas pessoas que tratam criança que nem debilóide!”
marido: “Como assim?”
Sandrix:: “Aquelas que ficam grunhindo na frente da criança, balbuciando coisas desconexas, sons... enfim imitando um debilóide de verdade”.
marido: “aham...”
Sandrix:: “ué, que foi?”
marido: “tu faz pior que isso...”
Sandrix:: “Ta doido?? Eu não faço isso com as pobres crianças!”
marido: “é, com criança eu nunca vi ...tu faz isso com os teus GATOS”

... pausa dramática...

Sandrix:: “Ta friozinho hoje, né?”

Tuíter

Aviso aos navegantes: não é porque estou no raio do twitter que eu sei como usá-lo.
Antes que eu dê atestado de anitpática, atenção: Sandrix não twiteia com frequencia, Sandrix não segue pessoas, Sandrix não furunga no programa, enfim, Sandrix faz questão de permanecer chucra no quesito 'maisumprograminhapramecolarnafrentedocomputer'.

CAT PLACES - SC

Carinhas de quem estava fazendo arte...
Gatinhos da tia Verinha, no Morro dos Conventos (2/100)

Caminhos Cruzados

Seguido nos encontramos no Barranco, ou ali perto... mesmo horário todos os dias. As vezes saio de casa um pouco mais cedo e não o vejo – confesso que estranho. Ou então acordo mais tarde e dou de cara com ele já lá no centro, no túnel da Conceição. Deixo ao acaso, não tenho como saber quando e onde nossos caminhos se cruzarão. Mas é certo que em algum momento do dia nos encontramos, cedo ou tarde, em algum lugar da cidade... não tem como fugir de um bom engarrafamento!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Algumas coisas não devem ser

Não me deixem cozinhar, eu imploro.
Por mais que eu argumente, por mais que eu pareça decidida, confiante. Não me deixem sozinha na cozinha com panelas, fogão e alimentos sob hipótese alguma. Obrigada.

YOU LIVE YOU LEARN

Nada que eu não soubesse, mas hoje me dei conta mais uma vez que:

... se ficar esperando o momento certo de fazer alguma coisa, com calma, não vai fazer nunca.

...se ficar esperando que alguém cale a boca pra te ouvir, vai morrer muda esperando, pra ser ouvido tem que falar alto, e de preferência batendo na mesa.

Ah, não se compra pêra madura em supermercado, só na feira.

domingo, 10 de maio de 2009

Toda indiferença será castigada

Chupei esse texto do blog de um tal de Domingos Pellegrini, que é (acredito ser) um jornalista do Paraná. Achei bárbaro o texto, recomendo para quem tiver um tempinho.
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CÉU CIDADÃO
Já foi o tempo em que, para entrar no Céu, bastava respeitar os Dez Mandamentos e não cometer os Sete Pecados Capitais. Antes de tudo, é preciso saber que Deus não é um sujeito com cara de romano antigo, refestelado numa nuvem cercada de anjos, não. Hoje, sabe-se que Deus é tudo, desde a minhoca até a estrela, portanto você não vai ver Deus nenhum no Céu. Nem nuvem. São Pedro não estará lá esperando você, com barba comprida e chaves nas mãos, não.
Você apenas ouvirá uma voz:
- Fez tudo direito, fez o certo sempre?
Você pode até ganhar tempo, perguntando por exemplo:
- Mas o que é direito, num mundo onde a injustiça campeia porque a Justiça é lenta e a impunidade desestimula a virtude? E como saber o que é certo num tempo em que os valores foram tão alterados que...
- Ora dirá a Voz Todos sabem muito bem que o bem é tudo aquilo que você deseja para aqueles a quem quer bem, e o mal é tudo aquilo que você não quer para você. E fazer o certo é fazer não só o que mandam as leis, mas o que é bom não só para você mas para todos.
- Mas isso é praticamente impossível! – dirá você, e a Voz silenciará alguns momentos, deixando você pensar melhor.
Claro - pensará você - que todo mal é possível, mas todo bem também. Não existe impossível quando se trata de fazer o certo, pois basta não fazer o errado. Então a Voz perguntará:
- Você cuidou do próprio lixo?
- Eu nem sabia que isso era pecado!
É pecado mortal, dirá a Voz:
- Mortal para o planeta maravilhoso que vocês receberam e estão maltratando tanto. Você jogou lata pela janela do carro? Temos um purgatório especial para isso, e outro mais especial para quem joga esgoto em riacho.
Você poderá até se revoltar:
- Isso não dependeu de mim! Não fui governo, não tinha o dever de construir esgotos!
- Mas tinha o dever de participar da política, fiscalizando e exigindo transparência.
- Meu Deus, você parece um ecochato falando!
- Pois é – dirá a Voz ecoando em tua cabeça – É chato dizer isso, mas os pecados maiores passaram a ser omissão na ecologia e na cidadania. Não era para ser à toa que os humanos são os únicos no planeta com inteligência, sensibilidade e livre arbítrio. Vocês podem escolher, em vez de apenas obedecer aos instintos! Mas...
- Peraí! – você tentará uma cartada com coringa – Se todos fizessem apenas o bem o tempo todo, não seria livre arbítrio, não? Seria uma imposição natural! Temos de fazer o mal de vez em quando, até para comprovar o livre arbítrio! Portanto, não podemos ser penalizados por aquilo que é da nossa própria natureza!
- Bela tentativa – dirá a Voz calmamente – Mas é para os que fazem o mal que existe o inferno...
- Vou para o fogo então...
- Não!... – a Voz rirá – O fogo do inferno foi apagado há muito tempo, até para poupar energia. O inferno hoje é um lixão, onde os condenados catam a própria comida dentre os restos que desperdiçaram a vida toda. Para os fumantes há um setor especial, enfumaçado, com montanhas de bitucas e rios de cinzas. O inferno dos pedófilos é um asilo onde trabalham como enfermeiros dos velhinhos. E o inferno dos chatos é viver entre espelhos, vendo e conversando consigo mesmos.
- Meu Deus – dirá você – Como será meu inferno?
- Você não fez o mal, mas também não fez o bem. Ficará no purgatão, o purgatório da omissão, condenado a nada esperar porque nada fez por um mundo melhor. Vai, até aprender a ser cidadão!

sábado, 9 de maio de 2009

ABAIXO OS RÓTULOS: PELA LIBERDADE DE SER MEIO TERMO

Cansei de querer me enquadrar nos parâmetros existentes, cansei de seguir comportamentos na íntegra, cansei de ser radical – pronto, falei!
Agora ao invés de me moldar vou criar novos padrões. Cansei de rótulos e bandeiras, a Sandrix “ecologista-defensoradosanimais-xiita-feminista-metaleira-toleranciazero” está com os dias contados. Agora vou me permitir passear por esses campos, descompromissadamente. Vou continuar defendendo os animais, sempre, mas sem comprar briga com quem come vitela; vou continuar a curtir rock, claro, mas sem desprezar quem gosta de reggae; vou fazer tudo o que eu fazia antes, mas sem aniquilar a oposição. Alias, não tenho mais oposição, tenho amigos, conhecidos com outros pontos de vista, outras opiniões, que eu vou aprender a respeitar.

Antes não existia quem gostasse de todos os animais no mundo, menos cachorro poodle? Agora existe: eu.

Nunca viram uma ecologista de carteirinha que faz vista grossa quando mãe e pai anunciam com orgulho que a rede veio cheia de peixes? Então... sou eu.

Que horror alguém que vive discursando sobre a sustentabilidade e a preservação do planeta ir todos os dias de carro – sozinha – pro trabalho? Prazer, Sandrix.

Cansei de negar as minhas contradições. Quem nunca se permitiu um deslize ou uma exceção nas suas regras morais, que atire a primeira garrafa pet!
Cansei do embate, do desgaste, da energia desperdiçada. Cansei de viver numa prisão onde era minha própria carcereira. Uma vez livre de mim, ninguém mais pode me prender.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Consumidora em fuga

Esse mês to fugindo da minha revendedora Natura.
Nunca foi assim... estava sempre chateando com a demora, sempre perguntando quando chegava as encomendas e tal, mas esse mês está sendo diferente. Porque? Dois motivos: primeiro foi que encomendei 3 batons iguais. Oh God, o pior é que não foi descuido foi por querer! Na verdade eu não resisto a um “Aproveitem, ultimas unidades!”, e no primeiro aviso que meu batom favorito poderia sair de linha PUF me atirei! (R$ 22 x 3... já viu). Segundo: entrei pro Chronos (Chronos? Cronos??) anfã, quem tem mais de 30 sabe do que estou falando. Cansei de ir dormir com “Morning Energy” no rosto (até porque não estava soando muito bem). Os anos vão passando e alguns cuidados se tornam necessários. O difícil é aceitar.

domingo, 3 de maio de 2009

CULTURAS


Esse é um tema que há horas quero escrever sobre, mas fico sempre com preguiça porque sei que vou acabar me estendendo por linhas e linhas... afinal, dá muito pano para a manga.
Sugestão da minha amiga Bimbolina, já começa com uma questão: temos condições de julgar outras culturas?
O assunto veio à tona a partir de uma visita rápida ao sítio Hakani onde essa questão está nos holofotes. Temos condições de dizer o que é certo ou errado em outras culturas? Temos o direito (ou dever) de intervir em práticas culturais consagradas porque nos soam esquisitas ou erradas? Minha humilde opinião é: depende.

Cada cultura, ou cada comunidade é como um ecossistema em equilíbrio, tudo está interligado e as práticas, por mais estranhas que sejam, quase sempre tem uma razão de ser. Mas atenção, estou falando de práticas aceitas pela sociedade como um todo e não apenas por uma parte dela. Um exemplo condenável? A infibulação (mais conhecida como Mutilação Genital Feminina – MGF), praticada em mais de 20 países do continente africano entre eles Senegal, Egito e Indonésia. Esta prática está calcada sobre conceitos machistas, onde apenas uma parte da população (a masculina) está de acordo, logo, não posso concordar.

Agora um exemplo de prática estranha porém inofensiva; o xale das muçulmanas.
Costumava me perguntar porque as mulheres se submetiam a aquela prática de andar sempre com um véu cobrindo os cabelos (em alguns lugares o corpo todo, mas aí a conversa é outra). Achava aquilo extremamente desagradável e esquisito, não conseguia entender, até que perguntei a uma delas, e a resposta foi desconcertante: “eu adoro!”

Agora o caso dos índios, o mais controverso.
Como eu disse antes, cada cultura tem o seu equilíbrio e nesse caso específico, sugiro olharmos com atenção para a própria natureza. As aves, por exemplo, (posso usar como exemplo as curruíras que fizeram ninho aqui no pátio de casa) criam todos seus filhotes com o maior zelo e carinho até perceberem que um entre os demais não terá condições de crescer saudável. Seja por falta de comida, espaço no ninho, alguma deformação, enfim, por qualquer motivo que o impeça de se desenvolver sozinho, ele é automaticamente ‘ejetado’ do ninho. Sem a menor culpa ou remorso, a mamãe passarinha deve pensar “meu filhote sofrerá muito se atingir a vida adulta sem plenas condições, vou poupá-lo disso”. Essa é a lei da selva, a lei do mais forte.

Nós estranhamos essa atitude, afinal temos todas as condições de cuidar de alguém (um filho mais ainda) até o final da nossa vida, colocando-o em uma escola especial, ministrando remédios, proporcionando cuidados médicos, enfim... jamais poderíamos cogitar ‘jogar alguém pra fora do ninho’! Nunca.

Os índios não. Para eles a independência de um filho (ou um membro, na visão do grupo) é de suma importância, ultrapassando inclusive os laços que unem pais e filhos. Desumanos? Cruéis?? Nada disso. A organização social das tribos não tem lugar para pessoas incapacitadas e dependentes, os pais não podem se dedicar a um filho por muito tempo, a roda precisa girar, a fila anda! Uma criança que não aprende nem se desenvolve como os outros, numa tribo, sofreria terrivelmente, afinal não há lugar para ela neste contexto. É a mesma coisa que o passarinho fraco, a sua ruína seria uma questão de tempo... nesta etapa da vida a morte é, neste caso, uma demonstração de amor e respeito.
Dá para entender, dá para respeitar.
Minha humilde opinião.

PIZZAS hmmmm

Olá pipol, não costumo fazer jabá no blog, mas nesse caso vale muito a pena.
Pizzas di Torriani, diliça pura!
Pra quem gosta da massa um pouco mais grossinha (não chega a ser grossa como a Hut - mas é saborosa), preço baixo (grande R$ 25 e gigante R$ 29, com a tele!) e entrega rápida.

Voilá o telefone: 3024 - 4642
quem atende é o Duda, meu primo.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

como assim 'de uva'?? cont.

Então, para quem ficou com dúvida sobre o post anterior lá vai uma explicação melhorzinha.
Participei de uma audiência publica entre os dias 28 e 29/04, durante a qual foi apresentado um projeto (vou me permitir o sigilo a respeito do dito) para apreciação e discussão pública. E para tanto, precisa mobilizar uma tralheira imensa desde telão, data show, computador (para apresentar em power point), microfones, equipe de som e filmagem...ufa, é como organizar um casamento, sem a parte boa, claro.
Antes que iniciasse a sessão a equipe responsável pelos microfones, caixas de som, e etc, deixava sempre tocando (som ambiente, ou seja baixinho mas todo mundo ouvia) uma musiquinha enquanto as pessoas iam chegando e se instalando, e eis que em um momento entre a decoreba da fala e a montagem dos slides percebi que o som era aquele (descrito no post anterior), indecente e totalmente descabido, mas quando me dei conta, já era tarde demais...