sábado, 20 de fevereiro de 2010

o interesse é tudo

Caso um dia eu esteja conversando com voce e balbuciando apenas, sim, aham, uhum, sei, e etc, é por que o assunto da pauta é absolutamente irrelevante pra mim.
Agora, se você me ver inflamada e quem sabe até querendo comprar uma briguinha, pode ter certeza que atingiu o ponto chave. Se viermos a discutir então, glória, você está cotado entre as pessoas mais interessantes da minha lista.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Medaaa

Ontem, por duas vezes apertei o debreador na intenção de frear.
O carro não freou, óbvio...
Ainda bem que estava devagar.
Será que é algum aviso?

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A história completa das corujas de Torres, no mea culpa.

LAÇOS HERDADOS DE FAMÍLIA

Minha relação com Torres é de longa data. Tão antiga que começou antes mesmo de eu nascer. Lembro de ouvir, quando pequena, meus avós relatando as dificuldades que passavam para poder vencer o percurso Porto Alegre-Torres. Todo verão, era a mesma aventura: o trajeto incluía trem, carroça e balsa – nos tempos mais remotos, até diligência – e levava alguns dias para ser feito.
Sem as dificuldades daquela época, passei os meus primeiros verões na casa desses meus avós, no Centro, a primeira de alvenaria construída na cidade. Em frente ao Hotel Beira Mar, no meio do “agito”, fiz muitos amigos e curti momentos inesquecíveis. O circuito que compreendia o Farol Hotel, a Sorveteria Gela Goela e as bancas dos camelôs era percorrido todas as noites, várias vezes.
Mais tarde, quando meus pais construíram nossa casa, na Praia Grande, troquei o fervo do Centro pela tranquilidade dos molhes. Já adolescente, dividia meu tempo entre longos passeios de bicicleta pelo calçadão, surfe, partidas de tênis e festinhas na Sociedade dos Amigos da Praia de Torres (Sapt). Na época em que eu estava no colégio, chegava a passar quatro meses na praia, sem nem mesmo cogitar voltar a cidade.
Em 2001, me formei em Arquitetura e desenvolvi como trabalho final de graduação um projeto para o Centro de Convenções em Torres. Tive de pesquisar bastante sobre o município, o que me colocou em contato direto com outro lado da cidade: o político.
Em 2005, ainda com o objetivo de retribuir a Torres os bons momentos vividos aqui, resolvi fazer algo mais pela cidade. Com a parceria de alguns colegas da pós-graduação em Gestão Ambiental, fundei uma ONG com o objetivo único de atuar em prol do ambiente. Apesar dos muitos projetos, o tempo ficou escasso e o dinheiro, curto. A organização se desfez tempos depois.
Hoje, os laços que me prendem a Torres estão ainda mais fortes. Cada fim de semana que passo aqui me repõe todas as energias perdidas na semana. Basta uma caminhada na praia, uma conferida no ninho das corujas e uma casquinha de siri para a paz interior se restabelecer.
Zero Hora 05/02/2010 - Suplemento + Torres, seção "Eu e minha praia"