quinta-feira, 1 de julho de 2010

CP

Eu sou contra esse negócio de 'achar um culpado'.
Sabe quando bate o desespero de ter feito algo errado, perdido um prazo, ou seja qual for a burrada, sabe??? Pois é, começa aquele tal de "quem deixou", "quem falou" quem isso, quem aquilo... como se achando um culpado todos os problemas estariam resolvidos.
Não é verdade. E sabe qual é o pior? Perde-se muito mais tempo tentando achar o responsável pelo furo do que consertando o vazamento!

Então porque ainda continuamos com esse comportamento?
Simples. Sei que muita gente pensa como eu, acha que isso não leva a nada, que é uma perda de tempo, bla bla bla, mas quando o cerco começa a apertar elas são as primeiras a achar um Coitado de Plantão. Claro, assim se garante que alguém vai ser responsabilizado pela c*g*da, quem sabe até punido exemplarmente, e ficam todos 'liberados' do problema, menos o pobre CP, é claro.

De fato, quando o furo é muito embaixo, ou quando temos muita responsabilidade sobre alguma coisa a reação imediata é essa, confesso que já pensei assim algumas vezes. Da medo de descobrir que fomos nós os causadores de tudo. Sabe-se lá se aquele relatório que avaliamos não deveria ter sido olhado com mais atenção, quem sabe se não devíamos ter telefonado para o cliente ao invés de simplesmente ter mandado um e-mail, enfim, todos temos alguma fraqueza que aflora na hora em que o fantasma da culpa esta pairando no ar.

Mas definitivamente, não.
Independente da situação, se todos tivessem a mesma postura de buscar a solução e não a causa do problema, "dane-se quem foi vamos resolver"... puxa vida, perderíamos muito menos tempo! Isso não quer dizer que os incompetentes passarão batido e tudo voltará a ser como antes depois da sangria estancada. Longe disso, a chamada de atenção e a correção de posturas equivocadas é imprescindível para o avanço de uma instituição, agora... que não se perca o rumo nessa empreitada.