sábado, 28 de agosto de 2010

Desapegai-vos

Desapego.
Segundo pensadores da área o apego é uma das maiores fontes do nosso sofrimento. Apegar-se a coisas e pessoas é como tentar segurar o vento, engarrafar um aroma, ou congelar um sorriso. O que, pensando bem, não faz o menor sentido.

Preocupados em prolongar aquela sensação ou não perdê-la, acabamos por não vivê-la. Vai dizer... quantas vezes ficamos mais preocupados em tirar uma boa foto de uma paisagem que nem paramos para, de fato, observá-lo direito. Ou quantas sensações deixamos de experimentar por medo de não poder se apossar delas depois, trazer pra casa e 'colocar na estante'!?

Com pessoas é a mesma coisa.
Não sabemos passar por elas com tranquilidade, precisamos sempre enquadrar, definir, classificar. Dentre os absurdos do apego está o medo de se envolver. Quer coisa mais doida do que deixar de sentir, experimentar e viver (!!!) por não ter certeza de que aquilo será pra sempre? Mas de onde vem essa necessidade de termos tudo-ao-alcance-pra-sempre, se não sabemos nem quanto tempo nós vamos estar por aqui!?

O cachorro que vaga pela rua sem dono pode ser mais feliz do que aquele que vive atras das grades de uma casa.

domingo, 22 de agosto de 2010

1 + 1 = 1...

Nós somos um só, certo?
Quando eu digo "nós" eu quero dizer cada um de nós seres humanos. A Sandrix é uma pessoa, a Rosi é outra, a Thais é outra e por aí vai. É isso?
Pois é, parece óbvio que sim, mas hoje tive um pensamento que me deixou na dúvida.

Na verdade meu pensamento foi uma frase: "o autoconhecimento é uma forma de respeito por nós mesmos". Como o verbo respeitar sugere que alguém respeite outro alguém... fiquei pensando se podemos nos dividir em dois.

Só assim a minha frase faria sentido.
Como se a minha parte A (a racional, responsável pelas ações) topasse fazer alguma coisa pouco comum para atender alguma necessidade da minha parte B (a parte sensível porem irracional). É como lidar com animais... você sabe que o que eles querem não faz nenhum sentido para você (e as vezes parece que nem para eles!) mas você aceita aquilo em nome de uma espécie de respeito, compreensão, evolução.

Assim eu me vejo as vezes. Lidando em duas partes: uma racional que tem poder sobre a outra... mas que não adianta se impor e vencer a qualquer custo; ambas devem caminhar juntas. Precisamos ter respeito pelo nosso lado animal sob pena de sermos devorados por ele.

Luinha

"Normalmente eu sou preto e branco, mas nos finais de semana, quando brinco na terra eu fico preto, branco e cinza..."

Lei da atração - às avessas

Rodoviária de Porto Alegre, 12hs de sexta feira.
Fui comprar uma passagem. Precisava ter dinheiro mas não quis levar minha bolsa... centro, muvuca, sabe como é.
Levei nos bolsos da calça: celulares e cartão de crédito, no rosto: óculos.
Tudo certo não fosse a minha preocupação excessiva: 'putz, to com essas coisas todas aqui... será que não vão me assaltar?'. Meu colega tentava me tranquilizar, mas de nada adiantou.
No final dos 15 minutos de caminhada entre o tunel e o guichê, eu estava tão focada nisso, mas TÃO focada que eu mesmo me boicotei: virei o pé na calçada e joguei pra fora tudo o que eu mais tentava esconder!! Voaram no chão: celular 1, celular 2 (iPhone - stress duplo: queda e perigo de roubo), Ray Ban e cartão de crédito. Simples assim, numa fração de segundos estava tudo ali espelhado pelo chão... droga!

Depois de juntar as tralhas e me recompor, tratei de pensar noutra coisa... "Quente hoje, né?"

domingo, 15 de agosto de 2010

Luinha

- Ladies and gentlemen... Lua Cheia!
(um dos motivos da minha ausência no blog)

Sociedade em castas

Esses dias me peguei pensando "por que ele não se coloca no lugar dele?"
Bem assim, nesses termos.
Depois que falei confesso que a frase soou meio estranha. Por mais que isso já tenha sido dito (não seja nenhum neologismo) existe de fato 'um lugar' para cada um ? Nó temos posições a ocupar numa sociedade ?

Pois é, por mais discriminante que isso possa parecer, eu acho que sim.
E quer saber? Se as pessoas não assumem seus lugares (pelo menos na relação em que estabelecemos com elas) cabe a nós fazermos isso.

Foi o que eu fiz.
To tri bem assim.